quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Bases sobre a teoria da cor aplicada aos sistemas digitais


   Antes de serem abordados os vários modelos de cor serão feitas algumas considerações básicas sobre a teoria da cor. O conceito de cor está associado à percepção, pelo sistema de visão do ser humano, da luz emitida, difundida ou reflectida pelos objectos, sendo considerada um atributo dos mesmos. A cor de um objecto depende das características das fontes de luz que o iluminam, da reflexão da luz produzida pela sua superfície e, por último, das características sensoriais do sistema de visão humano, os olhos, ou de câmaras digitais. A não existência de luz implica que nada se veja e, portanto, significa a não existência de cor.






A interpretação das cores é feita pelo cérebro humano depois de a luz atravessar a íris e ser projectada na retina. Desta forma, os olhos são os sensores de toda a visão e esta pode ser do tipo escotópica e fotópica.

·         A visão escotópica é assegurada por um único tipo de bastonetes existentes na retina. Estes são sensíveis ao brilho e não detectam a cor. Isto quer dizer que são sensíveis a alterações da luminosidade, mas não aos comprimentos de onda da luz visível.
·         A visão fotópica é assegurada por um conjunto de três tipos diferentes de cones existentes na retina.

A luz contém uma variedade de ondas electromagnéticas com diferentes comprimen­tos de onda. Se o comprimento de uma onda electromagnética pertencer ao intervalo de 380 a 780 nm (1 nanómetro = 10-9 m) é detectada e interpretada pelo sistema de visão do ser humano. Estes diferentes comprimentos de onda constituem o espectro de luz visível do ser humano e estão associados a diferentes cores (fig. 3.1.).


 Estes são sensíveis à cor e, portanto, aos comprimentos de onda da luz visível. Os números de cones da retina distribuem-se da seguinte forma: 64% são do tipo vermelho (Red), 32% do tipo verde (Green) e 2% do tipo azul (Blue).Como os bastonetes e os cones constituem dois tipos de sensores diferentes que apreendem a intensidade da luz e as diferenças de cor, é usual associá-los, respectivamente, aos conceitos de Iuminância e crominância. Estes conceitos estão, por sua vez, relacionados com as diferentes formas de representar as cores.


Modelos aditivo e subtractivo

Os modelos de cor fornecem métodos que permitem especificar uma determinada cor.  
Por outro lado, quando se utiliza um sistema de coordenadas para determinar os componentes do modelo de cor, está-se a criar o seu espaço de cor. Neste espaço cada ponto representa uma cor diferente.
Antes de serem descritos alguns modelos, convém diferenciar modelo aditivo de subtractivo. O modelo utilizado para descrever as cores emitidas ou projectadas é considerado aditivo e para as cores impressas é considerado subtractivo.

Exemplificação:
Modelo Aditivo: Luz emitida é projectada num ecrã;
                                  Mistura de cores emitidas por fontes de luz.
Modelo Subtractivo: Luz reflectida;
                                        Mistura de cores de leitura ou impressão.

Num modelo subtractivo, ao contrário do modelo aditivo, a mistura de cores cria uma cor mais escura, porque são absorvidos mais comprimentos de onda, subtraindo-os à luz. A ausência de cor corresponde ao branco e significa que nenhum comprimento de onda é absorvido, mas sim todos reflectidos. O modelo subtractivo explica a mistura de pinturas e tintas para criarem cores que absorvem alguns comprimentos de onda da luz e reflectem outros. Assim, a cor de um objecto corresponde à luz reflectida por ele e que os olhos recebem.



Num modelo aditivo a ausência de luz ou de cor corresponde à cor preta, enquanto a mistura dos comprimentos de onda ou das cores vermelha (Red), verde (Green) e azul (Blue) indicam a presença da luz ou a cor branca. O modelo aditivo explica a mistura dos comprimentos de onda de qualquer luz emitida.





Caracterização do modelo

O modelo CMYK é um modelo constituído a partir do modelo CMY em que foi acrescentada a cor preta (black). O modelo CMY é um modelo subtractivo, descrevendo as cores como uma combinação das três cores primárias ciano (Cyan), magenta (Magenta) e amarelo (Yellow). A cor preta foi adicionada ao modelo por ser mais fácil a sua obtenção quando impressa em papel do que recorrendo à mistura de cores. 

O modelo CMY baseia-se na forma como a Natureza cria as suas cores quando reflecte parte do espectro de luz e absorve outros. Por isso, é considerado um modelo subtractivo, porque as cores são criadas pela redução de outras à luz que incide na superfície de um objecto.
A observação dos cubos de cor das figuras mostram que as cores primárias do modelo CMY são as cores secundárias do RGB e as cores primárias de RGB são as cores secundárias de CMY.

Nos pontos anteriores foram vistos os modelos RGB e CMYK, mas outros modelos podem ser criados baseados nas suas aplicações ou utilizações e de acordo com as seguintes categorias: 

Standard (CIE-XYZ);
Percentual (Luv e Lab);
Linear (RGB CMYK);
Artístico (Munsell, HSV HLS); 
Transmissão de sinais de televisão (YIQ YUV).


O  modelo HSV é definido pelas grandezas tonalidade de (Hue), saturação (Saturation) e valor (Value), onde este último representa a luminosidade ou o brilho de uma cor.



Aplicações
O modelo HSV baseia-se na percepção humana da cor do ponto de vista dos artistas plásticos. Isto é, os artistas plásticos para obterem as várias cores das suas pinturas combinam a tonalidade com elementos de brilho e saturação. Desta forma, o modelo HSV é mais intuitivo de utilizar do que o modelo RGB. Do ponto de vista de um artista plástico, é mais fácil manusear as cores em função de tons e sombras do que apenas como combinações de vermelho, verde e azul.
A exemplifica a utilização de vários modelos de cor por diferentes equipamentos e a necessidade das respectivas conversões. Por exemplo, a câmara de vídeo converte os dados RGB capturados pelos seus sensores em sinais YUV. O ecrã, para efectuar o rendering destes sinais, precisa de voltar a convertê-los para RGB.


Caracterização do modelo

Os modelos anteriores apresentam objectivos específicos, como, por exemplo:
• o modelo RGB permite exibir imagens de cor em monitores;
• o modelo CMYK é utilizado na impressão;
• o modelo HSV é utilizado na mistura de cores do ponto de vista artístico.

Contudo, nenhum destes modelos tem em conta uma propriedade da visão humana. Esta é mais sensível às mudanças de intensidade da luz (luminância) do que da cor (crominância). O modelo YUV tem em conta, esta característica.
O modelo YUV foi criado a par do desenvolvimento da transmissão de sinais de cor de televisão.
Este modelo baseado na luminância permite transmitir componentes de cor em menos tempo do que seria necessário se fosse utilizado o modelo RGB. Ao mesmo tempo, o modelo YUV permite transmitir imagens a preto e branco e imagens de cor de forma independente.

Nos modelos RGB e CMYK cada cor incluiu informação relativa à luminância, permitindo ver cada cor independente de outra. No caso de se estar a guardar um pixel de acordo com o modelo RGBe se o vermelho, o verde e o azul tiverem os mesmos valores de luminância, isto significa que se está a guardar a mesma informação três vezes, aumentando o tamanho da informação.
O modelo YUV guarda a informação de luminância separada da informação de crominância ou cor. Assim, o modelo YUV é definido pela componente luminância (Y) e pela componente crominância ou cor (U = blue - Y e V= red - Y).  Com este modelo é possível representar uma imagem a preto e branco utilizando apenas a luminância e reduzindo bastante a informação que seria necessária noutro modelo.

Aplicações
O modelo YUV é adequado às televisões a cores, porque permite enviar a informação da cor separada da informação de luminância. Assim, os sinais de televisão a preto e branco e de televisão a cores são facilmente separados. O modelo YUV é também adequado para sinais de vídeo. 
Este modelo permite uma boa compressão dos dados, porque alguma informação de crominância pode ser retirada sem implicar grandes perdas na qualidade da imagem, pois a visão humana é menos sensível à crominância do que à luminância. O modelo YUV é utilizado pelos sistemas de televisão europeu PAL e francês SECAM e na compressão dos formatos JPEG/MPEG. No sistema de televisão americano e asiático NTSC é utilizado um modelo de cor equivalente designado YIQ.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Formatos de CD


ISO 9660: é a norma internacional de armazenamento de dados que faz a descrição da estrutura de arquivos e diretórios de um CD-ROM.
Os Administradores de maquinas Linux costumam normalmente montar o cdrom no diretorio /mnt/cdrom. Após a montagem, o conteúdo pode ser acessado normalmente como qualquer outro arquivo. O sistema de arquivos a ser montado não necessita estar fisicamente no mesmo dispositivo de armazenamento de do seu ponto de montagem como é o caso, por exemplo, dos CDROMs.
É um arquivo usado para distribuir pela internet um conteúdo para gravar em CD/DVD-ROM que se deseja que grave todos os arquivos exatamente como o "original". A Maioria dos gravadores de CD/DVD-ROM lê e consegue montar e gravar esse formato. Nero, Roxio CD Burning, Brasero, K3B e outros gravam e copiam um CD/DVD-ROM. é um pack(pacote) que salva dados compilados, e também faz com que o computador execute os outros programas mais rapidamente.
Normalmente é reconhecido no Windows como "CDFS" (Compact Disc File System) ou no Linux como "ISOFS" (ISO File System). Mas no Ubuntu pode ser reonhecido por "C bunto", no mac como "Mac Draw".Mas também a microsoft criou para fins lucrativos, vendendo seu arquivo fonte para a IBM e a Xerox.





Joliet: É uma extensão do padrão ISO 9660, desenvolvido pela Microsoft para permitir gravação em CDs de nomes de arquivos com até 64 posições incluindo espaços e o conjunto de caracteres Internacional (Unicode). Joilet também grava o padrão associado ao DOS de cada arquivo de forma que o arquivo possa ser lido em Sistemas DOS e em versões anteriores de Windows.


Red Book: é o padrão dos CDs de áudio — Compact Disc Digital Audio (Disco Compacto de Áudio Digital) ou CDDA. O Red Book (em tradução literal: Livro Vermelho) foi assim denominado conjuntamente com os outros livros (cada um de uma cor) que especificam os padrões para todos os formatos de CD-ROM.
A primeira edição do Red Book foi lançada em Junho de 1980 pelas empresas Philips e Sony, sendo adotada pelo Digital Audio Disc Comittee e ratificada como IEC 908. O padrão não é disponível gratuitamente e precisa ser licenciado através da Philips. À época de sua primeira publicação, o custo através de requisição junto à Philips era de 5 mil dólares. Em 2006, a IEC 908 foi renomeada para IEC 60908 e passou a ser disponibilizada para download no formato PDF por 210 dólares.

Yellow Book: Especificação que descreve a estrutura de um bloco simples de um CD-ROM. O Modo 1 do "Yellow Book", criado pela Philips e Sony exclusivamente para dados, define uma área de sincronismo de 12 bytes e 4 bytes de cabecalho no começo de cada bloco, seguidos por 2.048 bytes de dados, 8 bytes para código de detecção de erros EDC, 272 bytes para código de correção de erros ECC e uma área livre de 8 bytes para preencher o bloco.

Orange Book: conhecido oficialmente como "Trusted Computer Evaluation Criteria - DoD 5200.28-STD",foi iniciado ainda no ano de 1978, sendo feita a publicaçao da versao "draft", ou rascunho, e no dia 26 de dezembro de 1985 foi publicada a versão final e atual deste documento.
Mesmo que o "Orange Book" seja considerado, atualmente, um documento ultrapassado, podemos considerá-lo como o marco inicial na busca de um conjunto de medidas que permitam a um ambiente computacional ser qualificado como seguro.
A existência de uma norma permite o usuário tomar conhecimento do quão protegidas e seguras estarão as suas informações, possibilitando ao mesmo uma ferramenta que irá auxiliar a escolha de uma solução.

             

UDF (Universal Disc Format): é usado na gravação de DVDs e alguns programas usam também pra gravação de Cds.
Formato Universal de Disco. É um Sistema de Arquivos (file system) adotado pela OSTA (The Optical Storage Technology Association) para uso no padrão "packet writing" e em outras tecnologias óticas de gravação de discos.

Macintosh HFS (Hierarchical File System): é o sistema na tivo usado pelo sistema operacional da Macintosh para organizar dados em HDs e Floppys. Pode ser também usado em Cds.


 Rock Ridge: é uma extensão do Formato ISO 9660, que permite nomes de aquivos maiores e mais profundidade de diretórios.


O CD-I (Compact Disk Interative): Formato de gravação de dados em CD (Compact Disk Interactive), definido pelo padrão "Green Book" que permite que aplicações interativas em multimídia sejam executadas em um computador/disc player conectados a uma televisão. É um formato proprietário da Philips.


Green Book: Especificação para gravação de CD-I desenvolvida pela Philips que usa uma área em branco de 8 bytes no final dos blocos do padrão "Yellow Book" mode 1 como um cabeçalho que indica o tipo do conteúdo do bloco, permitindo que se intercalem dados e áudio em um CD-I.


El Torito Bootable CD/DVD: É uma extensãoda ISO 96600. Foi desenvolvida pra permitir que um computador seja "bootado" a partir de um CD ou DVD. Foi desencolvido pela IBm em conjunto com a desenvolvedorade BIOS Phoenix Technologies.


IFO/VOB: Não é um sistame de arquivos real, é um conjunto de arquivos IFO e BUP dentro de um sistema de aquivos (ISO 9660 e UDF). Este conjunto é usado como sistema de aqruivos em muitos DVD players.


Setor (Sector): É a menor unidade de armazenamento de dados em um CD. Um disco possui (75 setores por segundo) x (60 segundos por minuto) x (numero de minutos que podem ser gravados no disco). A quantidade de dados que pode ser armazenada em cada setor, depende do padrão de formato físico "physical format" que o setor for gravado. Em geral um CD-ROM padrão pode armazenar 2048 bytes (2 kbytes) de dados em cada setor. Nota: Não são todos os bytes do setor que podem ser usados como dados úteis, existem informações de controlo do formato físico de dados do CD que também são armazenadas dentro de cada setor de dados a serem gravados.

Dispositivos de armazenamento


Dispositivo de armazenamento é um dispositivo capaz de armazenar informações (dados) para posterior consulta ou uso. Essa gravação de dados pode ser feita praticamente usando qualquer forma de energia, desde força manual humana como na escrita, passando por vibrações acústicas em gravações fonográficas até modulação de energia eletromagnética em fitas magnéticas e discos ópticos.
Um dispositivo de armazenamento pode guardar informação, processar informação ou ambos. Um dispositivo que somente guarda informação é chamado mídia de armazenamento. Dispositivos que processam informações (equipamento de armazenamento de dados) podem tanto acessar uma mídia de gravação portátil ou podem ter um componente permanente que armazena e recupera dados.

Tipos de dispositivos de armazenamento:


  • Por meios magnéticos. Exemplos: Disco Rígido, disquete.
  • Por meios ópticos. Exemplos: CD, DVD.
  • Por meios eletrônicos (SSDs) - chip - Exemplos: cartão de memória, pen drive.






Dispositivos de armazenamento por meio magnético
Os dispositivos de armazenamento por meio magnético são os mais antigos e mais utilizados atualmente, por permitir uma grande densidade de informação, ou seja, armazenar grande quantidade de dados em um pequeno espaço físico. São mais antigos, porém foram se aperfeiçoando no decorrer do tempo.



Dispositivos de armazenamento por meio óptico

Os dispositivos de armazenamento por meio óptico são os mais utilizados para o armazenamento de informações multimídia, sendo amplamente aplicados no armazenamento de filmes, música, etc. Apesar disso também são muito utilizados para o armazenamento de informações e programas, sendo especialmente utilizados para a instalação de programas no computador.






Dispositivos de armazenamento por meio eletrónico (SSDs)

Este tipo de dispositivos de armazenamento é o mais recente e é o que mais oferece perspectivas para a evolução do desempenho na tarefa de armazenamento de informação. Esta tecnologia também é conhecida como memórias de estado sólido ou SSDs (solid state drive) por não possuírem partes móveis, apenas circuitos eletrônicos que não precisam se movimentar para ler ou gravar informações. 




quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Dispositivos de entrada e de saída

Dispositivos de entrada são dispositivos que fornecem dados para operações em um programa de computador, também chamados de unidades ou periféricos de entrada.
Um dispositivo de entrada permite a comunicação do usuário com o computador. São dispositivos que enviam dados analógicos ao computador para processamento. Exemplos: Teclado, rato, caneta ótica, scanner, câmera fotográfica/de vídeo, entre outros.
Dispositivos de saída são dispositivos que exibem dados e informações processadas pelo computador, também chamados de unidades de saída. Por outras palavras, permitem a comunicação no sentido do computador para o utilizador. Exemplos: projetor de vídeo, impressora e monitor. 


Dispositivos de entrada e de saída, são aqueles que fazem as duas funções permite a comunicação do usuário com o computador (entrada), e também a comunicação no sentido do computador para o utilizador (saída). Exemplo: drives, modems, monitores tácteis, placas de rede, disquetes, disco rígido.